domingo, 31 de dezembro de 2017

Último dia do ano, última página do livro

Ontem decidi que tinha ainda algo para escrever sobre o ano que hoje termina.

Não quero que esta noite seja o virar de uma página, quero mesmo, que seja o final do livro.

De um modo geral, não posso dizer que o ano foi mau. Teve muitas coisas boas e apenas uma que me abalou de forma mais intensa. 
Comparado com 2016 (ano terrível por questões de doença) foi um ano maravilhoso.

A vida mudou no início de novembro como muda a vida de tanta gente. 
Tive que me adaptar como tanta gente tem. Organizar-me de outra forma, estabelecer novas prioridades... mas tudo se fez e tudo se faz quando temos força interior para isso.

Não quero que as pessoas tenham pena de mim. 

Se a vida tomou esse rumo é porque assim tinha que ser.
Acredito que o desapego pode trazer muita coisa boa para a nossa vida.
Devemos deixar ir quem não quer caminhar connosco. 

Devemos ser capazes de tomar as rédeas da nossa vida e enfrentar os obstáculos como desafios.

A vida não terminou. Começa agora, de outra forma.

Sou profundamente grata a quem sempre me apoiou e esteve ao meu lado durante os bons e maus momentos de 2017. 
São essas pessoas que interessa manter ao nosso lado ao longo da vida.
E o resto é só mesmo isso, o resto...

E como diz a foto...




Aprender a subtrair

Ao ler o título do post poder-se-á pensar que se trata da Joana e da aprendizagem de um novo conteúdo matemático do 1.º ano de escolaridade.

Não.

Esta nova aprendizagem relaciona-se comigo. Com a nova realidade. 
Agora há fins de semana em que tenho que subtrair a presença da minha filha. 
Custa? Custa muito... 
A casa fica vazia e não é a mesma coisa. 

Sei que está bem e isso é o que importa mas custa como o raio!
Sempre gostei que o domingo passasse devagar mas hoje não. 
Hoje quero que voe para que a possa ter nos meus braços outra vez e enchê-la de beijos.

A operação matemática mais difícil de aprender costuma ser a divisão [entendo agora porquê]. Dividir nem sempre é fácil... 
Aprendi que a subtração também custa muito, sobretudo quando é com empréstimo.

Ainda sou nova nisto e inexperiente.

Há por aí mais mães com dificuldades nestas operações?


E de repente... Uma nova realidade!

A nossa vida mudou no dia 30 de outubro. Como família.
Desde esse dia que faço parte do clube de famílias monoparentais.
Vivo e giro uma nova realidade a cada dia.
Se é fácil? Não...
No entanto, tal como escreveu a Cataria Beato num dos seus posts, é mais fácil ser mãe solteira.
O tempo e o dia a dia é gerido e organizado em torno da Joana.
O tempo livre que tenho depois de passar, lavar, limpar, jantares, banhos... é aproveitado da maneira que eu gosto, como gosto. Normalmente vejo um filme com a Joana (ou não), brincamos, rimos, passeamos... 
É engraçado, como depois de fazer tanta coisa, ainda tenho um tempinho para mim.

Recebi muitas palavras de afeto e carinho.
Recebi apoio e disponibilidade de quem tem tão pouco tempo.
Agora sou eu e a Joana, o Gui e a Mel. Estamos na nossa casinha nova a viver uma vida nova, à nossa medida. 
A vida por vezes surpreende-nos. 
Saibamos aprender com o que ela nos ensina. 
Como me disseram, devemos caminhar com quem quer caminhar ao nosso lado...


As boas rotinas

As rotinas nem sempre são boas. Os adultos queixam-se muito das coisas que fazem repetidamente todos os dias.
Para as crianças, as rotinas podem ser bastante benéficas.
Por exemplo, nós cá em casa, antes de nos deitarmos, costumamos preparar tudo para o dia seguinte.
Acordamos cedo. Se deixarmos tudo preparado no dia anterior é muito mais fácil.
Antes de nos deitarmos, a Jo tem algumas tarefas (que gosta) a cumprir.
É sempre ela que identifica o seu pacote do leite escrevendo o nome em letra manuscrita.
Aproveita e acrescenta algumas ilustrações. Fica sempre mais bonito!
De seguida preparamos a roupa e deixamo-la dobradinha aos pés da cama, juntamente com os ténis preferidos.
Lava os dentes, chichi e cama.

Enfrentar o cancro com um sorriso (1)

Vamos fazer uma tour, um percurso por todo este processo que, de um momento para o outro, mudou a minha vida. Não interessa partilhar t...